O FENÔMENO CONTEMPORÂNEO DO ADOECIMENTO MENTAL DO TRABALHADOR
Palavras-chave:
Flexibilização trabalhista, Fordismo, toyotismo, taylorismo, uberização, terceirização, pejotização, remuneração por equipe, metas, bônus, avaliações de desempenho, ambiente de trabalho, saúde mentalResumo
No século XX, as alterações sociometabólicas do capitalismo foram influenciadas pelo fordismo, taylorismo e toyotismo, modelos produtivos que, aliados a novas tecnologias, alteraram significativamente a organização do trabalho e buscaram implementar um novo significado à objetividade e subjetividade do trabalho humano. O empregado, estimulado por novas formas de remuneração e jornadas flexíveis, engaja- se "de corpo e alma" no método produtivo e torna-se fiscal de si mesmo e de seus colegas. Há tamanha captura da subjetividade do "empregado-colaborador", que não mais se identifica com a classe trabalhadora, mas sonha em se tornar empreendedor, estratégia de manipulação que elimina a possibilidade de desenvolvimento de consciência de classe. Contudo, o trabalho é expressão material e psicológica do ser humano, imprimindo valor e sentido à vida, constituindo-se como objeto de direito fundamental sem o qual não há dignidade humana. As consequências das novas formas de organização do trabalho e a captura da subjetividade têm acarretado efeitos nefastos sobre a saúde mental dos trabalhadores.
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