O FENÔMENO CONTEMPORÂNEO DO ADOECIMENTO MENTAL DO TRABALHADOR

Autores/as

  • EDUARDO RUFINO DE OLIVEIRA GOMES Autor/a

Palabras clave:

Flexibilização trabalhista, Fordismo, toyotismo, taylorismo, uberização, terceirização, pejotização, remuneração por equipe, metas, bônus, avaliações de desempenho, ambiente de trabalho, saúde mental

Resumen

No século XX, as alterações sociometabólicas do capitalismo foram influenciadas pelo fordismo, taylorismo e toyotismo, modelos produtivos que, aliados a novas tecnologias, alteraram significativamente a organização do trabalho e buscaram implementar um novo significado à objetividade e subjetividade do trabalho humano. O empregado, estimulado por novas formas de remuneração e jornadas flexíveis, engaja- se "de corpo e alma" no método produtivo e torna-se fiscal de si mesmo e de seus colegas. Há tamanha captura da subjetividade do "empregado-colaborador", que não mais se identifica com a classe trabalhadora, mas sonha em se tornar empreendedor, estratégia de manipulação que elimina a possibilidade de desenvolvimento de consciência de classe. Contudo, o trabalho é expressão material e psicológica do ser humano, imprimindo valor e sentido à vida, constituindo-se como objeto de direito fundamental sem o qual não há dignidade humana. As consequências das novas formas de organização do trabalho e a captura da subjetividade têm acarretado efeitos nefastos sobre a saúde mental dos trabalhadores.

Biografía del autor/a

  • EDUARDO RUFINO DE OLIVEIRA GOMES

    Especializado em Processo e Direito do Trabalho pela Unibrasil, graduado em Direito pela UFPR. Foi servidor do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná por 15 anos, atualmente é servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Publicado

2025-01-07